quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Na Noite

Quando a noite chega
De mansinho
Amassando a luz
Passo rápido, trôpego, descompassado
Minha alma se acalma
Posso enfim respirar aliviada
Aguço meus ouvidos
Mente flui como rio raivoso
Sentimentos aflorados
Se exaltam desgovernados
Minha pupila de amplia
Abraço a escuridão
Abro as asas, me sinto em casa
Minha presa barulha
Foco no seu modo
Localizo e do mundo me desligo
Vôo
Vôo sem medo - direto, com rumo certo
Mas a perco
Pouso no galho
Abro meus olhos bem
Giro a cabeça no horizonte
Sou coruja
Mas que importa meu nome?

Um comentário:

  1. Dedicado às corujas que toda noite ouço piando...
    E várias vezes as vi :)

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