segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A velha novidade

Janelas, portas abertas
O frio ainda persiste
Uma lembrança dolorida
Congela coração
Matinalmente, com as mentes alertas
No ar algo novo se sente
Uma sensação quase esquecida
Antiga emoção
Pelos se arrepiam
Olfato aguçado
Um 'que' de felicidade
Olhos se avivam
Corpo relaxado
Está recomeçando a velha novidade

Sinto Falta da Saudade

Sinto saudade da infância
Sinto falta da alegria
Agria de se desconhecer
Alegria ignorante
Sinto saudade daquela ânsia
Sinto falta da fantasia
Ânsia de viver
Fantasia usurpante
Sinto saudade da dor
Sinto falta do amor
Amor da dor
Dor do amor
Sinto saudade do passado
Sinto falta do que nunca existiu
Passado belo e perigoso de um dia ter amado
O que nunca existiu
Apesar de na minha mente, ao tempo resistiu
Enfim, sinto saudades de mmim

Ardor

Dor
Angústia
Confusão
Alguém desligue esse turbilhão!
Sentimentos sem controle
Sem direção
Raiva
Tristeza
Desilusão
Pergunto todo dia
A toda hora
Por que Deus, deu-me este coração?
Não posso parar de ser assim
Não consigo deixar de lado o que faz parte de mim
Alma conturbada
Mente perturbada
Eu só queria paz, amor
E um pouco de ardor
Para à vida dar mais sabor

Vida vazia

Vida vazia
Significação ampla
Mas tudo apenas escorre pela rampa
O olhar vazio
Corre junto com o rio
Rio de mágoas
Turvas àguas
Incompreensão
Nada no coração
Vácuo
Ajo pelo ato
Exercer
Fingimento de viver

Tempo corrido

Tempo descontínuo
Mais forte e impassível
Tanto quanto invisível
Tempo contínuo

Tempo ambíguo
Quanto mais tempo corre
A beleza morre, a inocência escorre
Tempo amigo

Tempo sábio
Nada satisfaz
A gana de viver um pouco mais

Tempo amado
Usa do amargo
Para mostrar o bom lado

Saudades do tempo corrido

Life like Night

É noite
A penumbra invade meu ser
Brisa envolvente
Silêncio, amante meu
Deserto na mente
Apenas conforto
Doce lar
Minha vida como a noite
Imensa escuridão
Não importam as nuvens
Não me impedem a existência
Por mais que hajam as estrelas
Bela lua, beleza crua
Não me embeleza o coração
Alma escura
Joga suas sombras
Implacável
Por todas as coisas
Vítimas
Escuro

Lua fria

Noite eterna
Beleza sombria impera
Olho o céu
A lua reflete
Em toda magnitude
Sua beleza gélida
Me arrepio
Meus pés presos no chão
A mente à anos luz
O vento sopra
A coruja pia
As estrelas brilham
Meus olhos continuam fixos
Nela, grande e bela
Sua frieza preenche o meu ser
Quando a noite chega
Tudo parece transparecer

O amor é

O amor é o maior tesouro existente
Não há nada, nesse mundo, equivalente
Sentimento belo, puro, benéfico
Há quem acredite
Que o amor apenas prejudique
Mas não, esse não é o amor
Amor não é todo esse ardor
Que as pessoas pensam sentir
O amor está nas pequenas coisas
No agir
Não é dar a vida pelo outro
Mas fazer o outro ter a vida
Não é a falta de palavras, coração acelerado
É calmaria, bem estar, é amor
Mas que sei eu sobre o amor?
Nada sei!
Só posso dizer que a definição
Para mim, e só para mim
É você

We are ghosts

Todos somos fantasmas
Vagando pela Terra
Numa busca incessante
Por algo que não sabemos
Apenas sentindo falta de algo
A necessidade de ação, de motivo, de paixão
E lutando
Lutando eternamente contra obstáculos
Obstáculos forte
Invisíveis
Não pare nunca
Nunca siga em vão
Faça o melhor que puder
Mas...
O que fazer?
Invisível neste mundo
Vago até o fim
E no fim há a luz

Metamorfose Contínua

Mudo a toda hora
Mudo a todo instante
Mundo mudo
Mente barulhenta
Coração inconstante
Boca falante
Sou uma metamorfose
Metamorfose borboleta
Contínua na descontinuidade
Uma hora positivo - borboleta
Outra hora reverto - sou lagarta
Meu exterior muda
Culpado é o interior?
Mutante
Não sei o porque
Mudo a toda hora
Mudo a todo instante
Só sei  que continuo sendo
Esta metamorfose ambulante

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Poemas

Poemas?
Resumem absolutamente todos
Todos os meus problemas
Versos?
Falando da beleza
Sentidos desconexos
Rimas?
Trocadilhos inúteis
Falsa ilusão de humor
Apenas armadilhas
Escritor?
Pobre sofredor
Apenas um pensador

Na Noite

Quando a noite chega
De mansinho
Amassando a luz
Passo rápido, trôpego, descompassado
Minha alma se acalma
Posso enfim respirar aliviada
Aguço meus ouvidos
Mente flui como rio raivoso
Sentimentos aflorados
Se exaltam desgovernados
Minha pupila de amplia
Abraço a escuridão
Abro as asas, me sinto em casa
Minha presa barulha
Foco no seu modo
Localizo e do mundo me desligo
Vôo
Vôo sem medo - direto, com rumo certo
Mas a perco
Pouso no galho
Abro meus olhos bem
Giro a cabeça no horizonte
Sou coruja
Mas que importa meu nome?